Atividade entre a UFRGS e CBH Ibicuí desvenda comportamento dos meandros do rio Ibicuí

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Atividade entre a UFRGS e CBH Ibicuí desvenda comportamento dos meandros do rio Ibicuí

06/02/2014 - O Comitê da Bacia do Rio Ibicui, em parceria com a UFRGS, departamento de Geografia, acompanhou, no dia 25 de janeiro, as pesquisas de campo do acadêmico Cristian Valenti Schenk, realizada no Rio Ibicuí. Sob a orientação do professor Dr Roberto Verdum e a assistência do presidente do CBH Ibicuí, Ivo Mello, foram colhidos dados e observações que servirão para compreensão da dinâmica de migração de meandros fluviais, através do estudo dos mecanismos de erosão e deposição das margens do Rio Ibicui. Estas informações são relevantes para determinar as zonas de riscos de erosão e assoreamento que, dependendo da situação, podem trazer prejuízos ou benefícios ambientais e socioeconômicos.

Segundo o pesquisador, tendo em vista os problemas de intervenção social que estão ocorrendo nos sistemas fluviais, são de fundamental importância os estudos na área da geomorfologia fluvial, para a compreensão dos elementos causadores desses problemas. Devido à forma desordenada que vem ocorrendo o crescimento urbano e rural no Brasil, sem serem avaliadas as características e as dinâmicas do meio, muitas vezes aliado à falta de infraestrutura, veem ocorrendo transformações nos cursos fluviais. “Ao observar estes problemas, entende-se que trabalhos como esse poderão tornar-se uma ferramenta de apoio à gestão de recursos hídricos, principalmente, visando trazer benefícios quanto ao ideal do posicionamento de obras de navegação, abastecimento, geração de energia, controle de erosão, produção agrícola, entre outras; o que deve beneficiar a sociedade e o conjunto de elementos e dinâmicas do meio” , comenta o acadêmico.

Após escolher uma seção tipo de um curso de água, em que esteja ocorrendo processos erosivos e deposicionais, que estejam interferindo nas dinâmicas ambientais serão realizados ensaios em um modelo fluvial experimental, a partir da realidade empírica, medindo suas velocidades secundárias na região do meandro. Na sequencia, serão gerados mapas de velocidade, que serão usados para tentar relacionar os perfis de velocidade com as zonas de erosão e deposição do canal e, futuramente, melhor mensurar a influência desses fatores nos impactos ambientais. Com isto, será possível comparar os processos erosivos e deposicionais que ocorrem na seção tipo de um trecho do rio Ibicuí, localizado a jusante da cidade de Manoel Viana e àqueles identificados e analisados na seção do modelo fluvial.

A atividade a campo também propiciou a intenção de reativar a estação de monitoramento quali quantitativa da água que funcionava no arroio Miracatu,em função das mudanças que se visualiza em termos dos sistemas agrícolas na bacia, pois é uma das mais ocupadas pela produção de eucaliptos, além da expansão da soja, assim como pela dinâmica geomorfológica. “Estamos propondo a construção da estratégia de cadastros pilotos georreferenciados, considerando microbacias e a do Miracatu , por sua diversidade de uso, é talhada para esta iniciativa”, pontua Ivo Mello.

O que é um Meandro
Um meandro é uma curva acentuada de um rio que corre em sua planície aluvial e que muda de forma e posição com as variações de maior ou menor energia e carga fluviais durante as várias estações do ano.Meandros são típicos em planícies aluviais (topografia madura), mas podem ocorrer de forma mais restrita, é uma lástima realmente, também, em outras condições como sobre terrenos sedimentares horizontalizados.O canal do rio muda constantemente de posição ao longo da planície aluvionar, através de um processo continuado de erosão e deposição em suas margens, daí o meandro receber o nome de meandro divagante. As margens externas do meandro, centrífugas da corrente fluvial, apresentam barrancas progressivamente erodidas, e na margem interna ocorre deposição, principalmente de areia. Este processo leva a acentuar a curvatura do meandro que acaba formando uma volta inteira e sendo truncado em um ponto por onde passa a escoar a corrente fluvial deixando o meandro antigo abandonado e fechado como um lago em forma de U. (Wikipédia)

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